Parte das narrativas contidas no editorial jornalístico paraibano é povoada por notícias que exploram as mazelas da condição humana. A focalização está sobre o humano como se todos, inclusive os redatores, não estivessem sujeitos a infortúnios.

Seguem vendendo bem as manchetes factualísticas sobre crimes, tragédias, desastres naturais, mesmo que sempre tenham ocorrido, e corrupção se for da parte dos governos porque se procederem do indivíduo não terá repercussão.

A narrativa fantástica que se impõe apresenta uma mídia imparcial, isenta, quase santa. Apagam-se para a audiência todos os comprometimentos que os donos dos veículos de comunicação possam ter, ao passo em que se instala o tribunal midiático.

Nesse espaço construído para moer reputações todos estão na vala comum. Não há para esses tipos de componentes da imprensa ninguém que seja suspeito, investigado ou assemelhados. O friso é sempre na culpa.

Sob esse rito perde a Sociedade, o Estado, a Ética, o Valor Humano e muitos outros termos em desuso perante uma plateia de espectadores que continua obsidiadamente vibrando pelo espetáculo e torcendo que o shownalismo continue.

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