O cenário é desolador. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo IBGE em dezembro do ano passado, 76% da população paraibana vivem mensalmente com, no máximo, um salário mínimo. O mesmo estudo mostra também que 24% das pessoas têm renda de mais de um salário mínimo e apenas 2,2% ganham acima de cinco salários mínimos.

O Tribunal Superior Eleitoral aponta também que pouco mais da metade dos eleitores paraibanos não possuem o ensino fundamental completo (50,35%). Em números absolutos eles são 1.471.875 cidadãos que irão ficar cara a cara com a urna eletrônica na eleição deste ano. Em dois parágrafos, e olhando fria e tristemente para os números, é possível dizer que não teremos muitas transformações no quadro político em 2018.

Levantamento do jornal El País, focado na América Latina, também aponta a disparidade entre os ganhos dos parlamentares e o salário médio dos cidadãos que eles representam. O Brasil tem a maior remuneração para deputados e senadores da região, seguido de Chile, Colômbia e México. Um congressista brasileiro recebe somente de salário o equivalente a 35 salários mínimos de R$ 954,00.

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