O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou no início da tarde da quarta-feira (14) que algumas medidas econômicas são “um pouco amargas”, mas que o Brasil não pode tangenciar na possibilidade de se transformar “naquilo que a Grécia passou por exemplo”.

Falando a um grupo de governadores reunidos em Brasília, Bolsonaro disse ainda que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, “não tem vivência política, mas tem vasta experiência econômica”.

Recentemente, Guedes foi criticado por parlamentares ao dizer que o Congresso precisava levar uma “prensa” para aprovar a reforma da Previdência.

Com a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, que encontrou Bolsonaro mais cedo, e do presidente do Senado, Eunício Oliveira, o persidente eleito afirmou ainda que é preciso aprovar as reformas.

“Nós pedimos, ou melhor, nem pedimos (para aprovar as reformas) pois os senhores têm a perfeita noção do que tem que ser feito”, afirmou. “Precisamos diminuir a temperatura do Brasil para a economia fluir”.

O encontro reuniu 20 governadores eleitos e foi idealizado por João Doria (São Paulo), Ibaneis Rocha (Distrito Federal) e Wilson Witzel (Rio de Janeiro).

Bolsonaro chegou ao Fórum acompanhado do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Os futuros ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, também estavam presentes.

Doria anunciou que haverá um novo Fórum no dia 12 de dezembro que deve reunir integrantes do Judiciário e o futuro ministro da Justiça, juiz federal Sergio Moro.

O presidente eleito disse ainda que seu governo fará “todo o possível para atender governadores independente de coloração partidária”. “Todos nós sabemos do tamanho da responsabilidade que está nas costas de cada um de nós”, disse.

Segundo Bolsonaro, muitos, assim como ele, vão começar o mandato com problemas, mas que será preciso “administrá-los e buscar uma solução”. “A partir deste momento não existe mais partido, nosso partido é o Brasil”, reforçou.

O presidente eleito disse ainda que seu governo quer preservar o meio ambiente, mas “não desta forma que está ai”. “Tenho dito aos garimpeiros> pelas minhas andanças pelo país ‘os senhores são cidadãos e queremos que todos se tornem responsáveis também pelo futuro nação'”.

Licenciamento ambiental

Bolsonaro disse ainda que voltou atrás com a decisão de fundir o Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente depois de ouvir algumas pessoas do setor, mas reforçou que o objetivo de seu governo é acelerar o licenciamento ambiental.

O presidente eleito citou como exemplo para falar de questões indígenas o estado de Roraima. “O índio quer ser o que nós somos. Por que em Roraima ele tem que estar confinado numa reserva?”, disse.

Bolsonaro comentou ainda que está na iminência de anunciar o futuro ministro do Meio Ambiente, mas que “não será uma senhora, como estão dizendo ai”. Esta semana chegou a circular o nome da atriz Maitê Proença como uma das possíveis titulares da pasta.

Valor Econômico

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