Um parlamento predominantemente masculino discute, ainda no âmbito de audiência pública, um projeto de lei eivado de inconstitucionalidade na tarde desta sexta-feira, 15, em Campina Grande. Repleta de misticismos, paradoxalmente até de religiosismos, a discussão tratará da impossibilidade dos professores abordarem em sala de aula a diversidade de culturas e gêneros humanos.
Após o debate de hoje, o projeto estará apto a entrar na pauta e ser votado. Como a bancada do governo tem folgada maioria, fatidicamente ele será aprovado, mas ainda não tornar-se-á lei. Ato contínuo a aprovação do Poder Legislativo, a matéria seguirá para sanção do Chefe do Poder Executivo Municipal que poderá vetá-la em partes ou na íntegra.
Apenas um eventual veto do prefeito retorna para a análise do legislativo. Todavia, caso ocorra a aprovação por parte dos vereadores, os olhos da sociedade, principalmente os dos pesquisadores e educadores, estarão voltados para o gestor. Será ele quem decidirá se a educação pública municipal regredirá com censuras e atavios, ou será democrática e plural.
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