Diante da escalada da violência na Paraíba, o senador Efraim Filho (União-PB) fez um apelo firme ao governo estadual para que priorize, com urgência, investimentos reais em segurança pública. A cobrança do parlamentar é fruto dos recentes acontecimentos divulgados pela imprensa paraibana com um fim de semana marcado pelo assassinato brutal de um homem na orla de Tambaú, em plena luz do dia, próximo ao Busto de Tamandaré, uma das áreas mais movimentadas de João Pessoa e cartão-postal da capital. E a terça-feira (16) começando com a morte violenta do vereador Peron Filho, em Jacaraú, fato que a polícia investiga como homicídio. Os casos reforçam o clima de insegurança que assusta a população e estampa as manchetes dos noticiários locais.
“É inaceitável que a Paraíba conviva com essa sensação constante de medo e insegurança. O governo precisa sair dessa postura de omissão e assumir sua responsabilidade. As famílias paraibanas querem paz, precisam viver com dignidade, e isso começa pela garantia de segurança”, afirmou Efraim.
O senador também criticou o abandono do Poder Público em relação aos investimentos para aperfeiçoar as forças policiais do estado. “Não há segurança pública sem valorização dos profissionais que a executam. Falta estrutura, falta efetivo, falta vontade política de combater essa escalada de violência que toma conta do nosso estado”, enfatizou, lembrando que a Paraíba tem uma das polícias mais mal remuneradas do país, com piso salarial inferior à média do Nordeste.
De acordo com entidades representativas da Polícia Civil, os salários da categoria tiveram o último grande reajuste em 2012 e ainda permanecem muito longe de alcançar a média do Nordeste. O que para Efraim, representa a falta de ação do chefe do executivo estadual.
“A resposta do governo [do Estado], me parece aquém da gravidade da situação. Faltam investimentos estruturantes em segurança pública, tanto na valorização dos profissionais quanto em inteligência, tecnologia e presença efetiva das forças de segurança nas ruas”, cobrou, destacando ainda que “a falta de políticas públicas efetivas na área de segurança não pode despertar em nós a ‘naturalização do medo’, porque assassinatos em locais públicos, violência urbana crescente e sensação de impotência diante da ausência do Estado não podem ser banalizados e não devem fazer parte da nossa rotina”, finalizou em tom de desabafo.
Da redação com Ascom
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