O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Campina Grande (Sitrans) manifestou preocupação com a aprovação pela Câmara Municipal da proposta de mais uma gratuidade para o transporte público local, seguindo uma prática rotineira da casa legislativa, sem qualquer indicação da fonte de custeio para o novo benefício.
A matéria, que ainda depende de apreciação do chefe do poder executivo, autoriza a gestão municipal a conceder isenção do pagamento da tarifa para grávidas a partir da vigésima semana de gestação. Como se trata de projeto autorizativo, mesmo se fosse sancionada, a propositura não produziria efeitos imediatos.
Ainda assim, o Sitrans lembra que o acúmulo de gratuidades no transporte público representa uma verdadeira armadilha que onera e contribui para um processo de inviabilização do serviço, de modo que aquilo que inicialmente pode parecer vantajoso para o usuário acaba, na verdade, representando uma ameaça contra o serviço e, portanto, em detrimento do próprio usuário.
“As empresas que operam o transporte coletivo não são contra a gratuidade. De forma alguma. Na verdade, os ônibus são o único modal que asseguram este e outros benefícios para diversos segmentos da sociedade. O problema é se criar gratuidades sem indicar sua fonte de custeio”, explicou Anchieta Bernardino, diretor institucional do Sitrans.
Nesse sentido, ele destaca que a população precisa ficar atenta a esse tipo de prática política e às consequências que pode provocar. “Aprovar gratuidades sem indicar a fonte de custeio é, na verdade, uma forma de populismo extremamente danosa para os interesses da própria população”, lamentou Anchieta.
Da redação com ascom
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