Com um plenário, praticamente, esvaziado e um público minguado, a Câmara de Campina Grande realizou, hoje, 13, uma audiência pública em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A tentativa do poder legislativo foi estabelecer um debate sobre a violência, no entanto foi um fracasso.

Na Paraíba um jovem negro tem 8,9 vezes mais chances de morrer assassinado do que um jovem branco. Esse é um dos dados, divulgados em 2017, constantes no Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ), um estudo assinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura (UNESCO), em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A concentração das mortes por homicídios entre pessoas pretas e pardas também pode ser observada nos dados desagregados por sexo. Considerando-se a faixa etária de jovens (15 a 29 anos), em 26 Unidades da Federação a taxa de homicídios é maior entre as mulheres negras do que entre as mulheres brancas. No mesmo sentido, o Atlas da Violência (2017) mostrou que entre 2005 e 2015 a taxa de homicídios de mulheres brancas teve redução de 7,4%, enquanto a taxa de mortalidade de mulheres negras aumentou 22%.

 

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