A festa junina de Campina Grande se encerra hoje. Depois de 30 dias de forró que encobriram os problemas do município, chegou a hora do cidadão enxergar o gigantesco dilema administrativo que a cidade atravessa.
O primeiro deles, e possivelmente o mais grave, é uma greve no serviço público municipal que prejudica o andamento da gestão. O sindicato que representa os servidores reivindica o reajuste da data-base e melhores condições de trabalho.
Enquanto a cortina da fumaça de São João estava ativa, o servidor público da saúde reclamava das péssimas condições de infraestrutura das unidades onde desenvolvem suas funções. As imagens publicadas nas redes sociais do sindicato são assustadoras.
Em João Pessoa, o prefeito anunciou um reajuste de 33% para o servidor público, a reforma de todos os postos de saúde, a construção de mais 12 unidades e a construção de uma UPA. O contraste com a administração municipal de Campina Grande é evidente.
Por aqui, a gestão foge dos problemas e vai tentar prolongar a cortina de fumaça com a ampliação do parque do povo alegando a festa do ano que vem.
A festa junina é deveras importante para o município, mas não é o problema mais grave da cidade. Ao contrário, é uma atividade muito lucrativa que caminha com as próprias pernas.
Um pouco de cuidado com a saúde, a educação e o funcionalismo público não fariam mal a Campina Grande. Falta gestão e sobra incompetência.
*a opinião é do jornalista Geovanne Santos.
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