A Prefeitura de Campina Grande colocará em funcionamento nesta segunda-feira, dia 06, o primeiro modelo de escola pública bilíngue da cidade. A implantação ocorrerá na Escola Estudante Leonardo Vitorino Guimarães, no bairro Pedregal, e a instituição oferecerá um processo de alfabetização em português e inglês. Apesar do marketing municipal anunciar a medida como inovadora, a escola pública bilíngue de Campina Grande chega com quase 50 anos de atraso em relação ao mundo.
Desde 1970, a educação canadense é oficialmente bilíngue (inglês e francês). Além de referência mundial em educação bilíngue, o Canadá destaca-se consistentemente no PISA, programa internacional que produz indicadores sobre a efetividade do ensino nas áreas de matemática, leitura e ciências. Nesse ranking trienal, divulgado pela última vez em 2012, o Canadá obteve o 1º lugar entre os países de língua inglesa.
O ensino público no Canadá é co-educativo e gratuito até a conclusão da escola secundária. A lei obriga as crianças a frequentarem a escola dos 6 ou 7 anos até 15 ou 16 anos. Em Quebec, o ensino gratuito é estendido também até o nível colegial normal ou pré-universitário (CEGEP), que cobram apenas uma taxa mínima de matrícula. O aluno paga uma taxa escolar para a maioria dos cursos superiores.
O ano letivo em Campina Grande começa com professores insatisfeitos com a administração municipal. O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab) está denunciando, por meio de outdoors espalhados na cidade, uma tentativa do prefeito municipal de reter o dinheiro dos precatórios do Fundef/Fundeb e não investir no magistério conforme preconiza a lei Lei Federal 11.494/2007. Em torno de 1.700 professores aderiram a uma ação judicial que visa ao repasse correto desses recursos para os profissionais do magistério.

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