Dar o dedo a alguém é muito feio, aprendemos desde muito cedo na escola. Trata-se de gesto agressivo e aviltante. No entanto, ao fazê-lo o indivíduo fala mais de si do que de outrem.

É como se o sujeito externasse uma falsa imponência que ele julga possuir. Obviamente,  tem muito mais do que ofensa nesse ato grosseiro. Há um desejo incôndito que o ofendido se dê mal em sua trajetória.

O contrato social condena tal atitude, mas dar o dedo não deixa de ser uma molecagem típica dos imaturos. Apenas o tempo pode dimensionar o sentimento pesado por trás de um dedo esticado.

A vida, em tempos de pandemia, tem mostrado que dedos apostos são mais úteis para rezar do que para apontar. Grossos ou finos são os mesmos dedos que podem, inclusive, ser colocados na consciência.

*a opinião é de Geovanne Santos.

 

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