A escolha do advogado Henrique de Almeida Ávila por 49 senadores como representante da Casa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o resultado de uma acirrada disputa entre parlamentares dos maiores partidos na Casa (DEM, PSDB e PMDB) pela vaga no colegiado que serve de corregedoria nacional do Judiciário – e, em última instância, pode anular decisões de juízes, desembargadores e até de ministros de tribunais superiores. Na votação final, realizada na noite desta quarta-feira (09), venceu a aliança entre tucanos e democratas.

Henrique é advogado de um dos maiores escritórios de advocacia do país, a banca liderada por Sergio Bermudes, e amigo do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo. Henrique derrotou o também advogado Octávio Orzari, funcionário de carreira do Senado e bancada por padrinhos não tão poderosos.

O escolhido terá mandato de dois anos no CNJ, colegiado presidido pela ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Confirmada a indicação, Henrique substituirá Fabiano Silveira, que deixou o posto no CNJ em março.

Lá e cá

A outra vaga no CNJ, destinada a um representante da Câmara, será decidida na próxima semana pelos deputados. Também nessa disputa há uma briga pela indicação entre deputados de vários partidos agora governistas – em queda de braço que inclui até o Palácio do Planalto. Na Câmara, já há quatro candidatos a uma das duas vagas do Legislativo no Conselho.

O governo e líderes partidários governistas também disputam a escolha dos afilhados. A votação dos deputados foi adiada pela segunda vez e remarcada para a próxima semana.

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