Encerradas as eleições e definidos os eleitos, a expectativa em relação ao transporte público coletivo é de um novo olhar dos governantes e parlamentares, que seja adequado à essencialidade do serviço e seu caráter de direito social previsto na Constituição da República e, portanto, direito do cidadão e dever do Estado.

Seguindo modelos de grande eficiência do transporte público em vários países, entidades ligadas ao segmento defendem a necessidade de adequação da política tarifária, que, segundo consenso dos especialistas, não pode continuar sendo custeada integralmente pelo passageiro – e, consequentemente, se mantendo defasada, o que penaliza e compromete a operação.

Em uma publicação deste mês, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) voltou a apontar a necessidade de implementação do subsídio público como meio de assegurar a viabilidade econômica do serviço e o acesso à população por meio de uma tarifa módica.

O estudo mostra, por exemplo, os casos de sucesso do transporte público em cidades europeias onde os subsídios governamentais reduzem pela metade ou até mais o valor da passagem paga pelos usuários. É o caso de Amsterdã (Holanda), onde a redução chega a 46%; Copenhague (Dinamarca), onde chega a 50%; Berlim (Alemanha), que custeia 54% da tarifa; Madri (Espanha), que reduz em 56%; Turim (Itália), redução de 68%; e Praga, na República Tcheca, que custeia 74% da tarifa.

GRATUIDADES

Outro ponto importante que demanda atenção das autoridades públicas é a questão do custeio das gratuidades. Este ano, o Governo Federal implementou o Auxílio Emergencial à Gratuidade das Pessoas Idosas, um aporte de assistência financeira para auxiliar o custeio da gratuidade dos idosos no transporte público coletivo urbano.

Conforme destaca a NTU, é fundamental que a medida torne-se permanente, assim como que seja implementado o custeio das demais gratuidades, que hoje são totalmente pagas pelo usuário do transporte público, puxando para cima o preço da tarifa.

Da redação com ascom

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